terça-feira, 19 de agosto de 2008

Carta traça um novo momento histórico para o Brasil


Caravana é recebida por duas mil pessoasNasceu em Pacaraima, um novo movimento histórico universal. A ‘Carta de Pacaraima’, documento elaborado durante encontro com a população do município, parlamentares e representantes das forças armadas, foi elaborada com o intuito de mobilizar a nação brasileira para um novo despertar. Na carta está destacada as ações sofridas no município de Pacaraima (distante de Manaus a 200 km ao norte).

Na carta a população exige que as políticas ambientais e indigenistas, a serem adotadas no Brasil, passem por ampla discussão em foros próprios, como o Congresso Nacional e não decididas por pequenos grupos de burocratas, em ambiente fechado, sem participação da opinião pública, grandemente influenciada e dirigidas por interesses de governos e organizações não-governamentais (Ongs) estrangeiras, resultando no bloqueio de grandes projetos de infra-estrutura, vitais para o desenvolvimento, harmonia e a paz social no interior do País.

Com isso, a nação brasileira é convocada a formar um grande movimento nacional cujo título é Amazônia é Brasil e de todos os brasileiros. Com o chamamento espera-se que todos possam assumir a tarefa de liderar a reação contra as graves ameaças que a influência externa inaceitável representa par a soberania do Brasil.

A questão ambiental também foi destacada na Carta de Pacaraima, onde a orientação de uma política pública ambiental deva ser elaborada com cunho científica norteando pela pretensão dos seres humanos com objetivo do progresso e o desenvolvimento.
Conforme os líderes da Marcha a Roraima, a carta que foi assinada por mais de 300 pessoas deverá ser entregue a representantes do governo federal.

CARTA DE PACARAIMA




Nós, participantes da Marcha a Roraima, representando o sentimento nacional dos brasileiros e no pleno exercício da cidadania, nos reunimos em Pacaraima, vindos de várias regiões do Brasil, para defender a SOBERANIA NACIONAL.


É de conhecimento público que o atual confronto, envolvendo a demarcação em área contínua da reserva Raposa Serra do Sol, é um caso emblemático das conseqüências da ingerência externa indevida em assuntos soberanos do Brasil.



Por isso, exigimos que as políticas ambientais e indigenistas, a serem adotadas no Brasil, passem por ampla discussão em foros próprios, como o Congresso Nacional, e não decididas por pequenos grupos de burocratas, em ambiente fechado, sem participação da opinião pública, mas grandemente influenciadas e dirigidas por interesses de governos e organizações não-governamentais (ONGs) estrangeiros, resultando no bloqueio de grandes projetos de infra-estrutura, vitais para o desenvolvimento, a harmonia e a paz social no interior do País.



Não admitimos que as políticas em curso continuem, pois têm promovido uma virtual criminalização de um grande número de atividades produtivas vitais para a sobrevivência dos mais de 24 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, já bastante prejudicados pelas históricas deficiências de regularização fundiária e pelas carências socioeconômicas, resultantes do baixo nível de atividades econômicas modernas na região.



Por conseguinte, conclamamos os brasileiros a formar um grande movimento nacional – Amazônia é Brasil e de todos os brasileiros -, que assuma a tarefa de liderar a reação contra as graves ameaças que a influência externa inaceitável representa para a SOBERANIA, a defesa comum e o futuro do País.
As políticas públicas em todos os níveis têm que ser regidas pelo Princípio do Bem Com e do Bem-Estar Geral da População, e não por uma soma de interesses de indivíduos e de grupos que, com freqüência, os manipulam em seu próprio benefício e em detrimento dos objetivos nacionais.



Repelimos, igualmente, todas e quaisquer iniciativas políticas e sociais que impliquem o estímulo à divisão da população brasileira segundo critérios “raciais”, étnicos, financeiro-econômicos ou outros quaisquer.
Exigimos que as políticas de proteção do meio ambiental devam ser orientadas por critérios essencialmente científicos, em vez de políticos, norteando-se sempre pelas legítimas aspirações dos seres humanos ao progresso e ao desenvolvimento.




Entendemos que a proteção ambiental não pode ser considerada um fim em si mesma, mas estar inserida em um projeto nacional de desenvolvimento, pelo qual o Brasil possa fazer o pleno e bom uso de seus enormes recursos humanos e naturais, para percorrer o século XXI como uma GRANDE NAÇÃO adulta e soberana, capaz de garantir o desenvolvimento e a liberdade para a presente e as futuras gerações.



Defendemos a execução de um grande programa estratégico de construção de infra-estrutura física, principalmente de transportes, energia e comunicações.


Exigimos de nossos parlamentares, que são nossos representantes eleitos por nosso voto, que toda e qualquer legislação, especialmente a ambiental, indígena e fundiária, seja orientada a partir do legítimo interesse nacional.

Pacaraima, 16 de agosto de 2008.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

18-08-2008 -


Movimento “Marcha a Roraima” encerra com uma carta de repúdio

Os manifestantes do movimento “Marcha a Roraima” elaboraram uma carta que pretendem entregar ao presidente da República WILLAME SOUSA

O encerramento do movimento “Marcha a Roraima”, que percorreu em carreata mais de três mil quilômetros por dentro da floresta amazônica, foi realizado no município de Pacaraima, neste último final de semana. A chegada dos manifestantes, no município fronteiriço com a Venezuela, ocorreu por volta das 11h50 do último sábado.
O movimento, idealizado pela Associação dos Produtores Rurais de Juína (Apraju), em Mato Grosso (MT), apóia os produtores de Roraima na luta contra a permanência da demarcação em forma contínua da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.
Na sexta-feira, dia 15, os mais de 60 agricultores, que saíram da região Centro-Oeste do país, em 18 caminhonetes, no último dia 11, passaram por momentos de incerteza quanto à continuidade, pelo menos de forma pacífica, do comboio que rumava em direção a Boa Vista.
É que indignados com o fato de pessoas de outro estado virem se envolver com problemas locais, cerca de 400 pessoas participantes de diversos movimentos, como o CIR (Conselho Indígena de Roraima), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Roraima, Comissão Pastoral da Terra (CPT), dentre outros, bloquearam a rodovia BR-174 para impedir a passagem da comitiva. Tentativa em vão, pois a carreata desviou o percurso por meio da Vicinal Roxinho, estrada sem asfalto que liga o município de Iracema ao de Mucajaí.
“Foi um ato ilegal, pois tentaram obstruir o direito de ir e vir, ainda bem que não ocorreu nada de mais grave. Quero que as autoridades tomem as providências necessárias para evitar que isso ocorra novamente”, diz Aderval Bento, coordenador da Marcha.
Enquanto uma fila com mais de 150 veículos se formava no trecho interditado, a cerca de 60 km de Boa Vista, e o policiamento tentava impedir conflitos entre os manifestantes que fecharam a estrada e a população que queria seguir viagem, dezenas de pessoas esperavam na Capital para recepcionar a carreata que chegou apenas por volta das 20 horas - atrasados quatro horas, já que a previsão era para estarem aqui às 16 horas.
Mesmo com a tentativa de impedimento, os manifestantes conseguiram concluir a ação e saíram de Boa Vista rumo a Pacaraima, na manhã de sábado, dando início à programação de encerramento do movimento.

“Demos o nosso recado a estas pessoas que vieram de outro estado se meter em nossos assuntos. Nós dissemos o que pretendíamos e mostramos os nossos pensamentos, tudo de forma pacífica”, relata Terêncio Manduca, vice-coordenador do CIR.(OBS: VEJAM BEM QUE ELES NÃO TEM A MINIMA CONCIENCIA DE UNICIDADE, COMO SE RORAIMA NÃO FOSSE BRASIL)... O MAL JÁ ESTA FEITO!!!!!!
A idéia de fracasso foi descartada também por José Nascimento, um dos representantes do MST em Roraima. “Fomos vitoriosos, pois interditamos a estrada por mais de quatro horas, além de termos mostrado a estes produtores que em nosso estado existem movimentos e estamos dispostos a brigar pela terra que pertence a nós, ao CIR e a outras pessoas”, afirma Nascimento.

Em Pacaraima, a programação da “Marcha a Roraima”, que tem o slogan “Acorda Brasil! A Amazônia é nossa. Marcha rumo a Roraima” e é realizada em conjunto com a Associação Comercial de Pacaraima (ACEP), durou o dia inteiro. Recepção com fogos de artifício, seminário com o vice-almirante RRm, Sérgio Tarso Vasquez de Aquino, com o diretor do Movimento da Solidariedade Ibero-Americana (MSIa), Lourenzo Carrasco e com o coordenador da “Marcha a Roraima”, Aderval Bento, além da assinatura da Carta de Pacaraima fizeram parte do programado.
Questionado quanto à importância do acontecimento para Roraima, Bento é sucinto. “Foi um marco épico para a história do Brasil e dos produtores agrícolas”, afirma. Ele disse também que a manifestação é o início de um grande movimento de agricultores do país inteiro e faz parte de um trabalho nacional.
“Ainda não há data definida e nem muita coisa certa, pois estamos em fase de discussão, porém, há perspectiva de realizarmos uma marcha a Brasília com participação de produtores de todo o Brasil”,
informou Bento.

Carta de Pacaraima repudia interferência estrangeira
Para selar o final da “Marcha a Roraima” foi assinada pelos produtores locais e do Centro-Oeste do Brasil a “Carta de Pacaraima”, que deverá ser entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre outros pontos de destaque, o documento critica a interferência de Organizações Não-Governamentais (ONGs) estrangeiras em assuntos internos do país. Além disso, reafirma que independentemente da cor, raça e etnia, índios e não-índios são brasileiros e, portanto, todos têm direitos semelhantes no Brasil.
“A carta expõe a necessidade do Brasil em garantir a soberania nacional em relação à Amazônia e defende que todos nós roraimenses e brasileiros somos iguais”, esclarece Nelson Itikawa, presidente da Associação dos Rizicultores de Roraima.
Produtora diz que homologação vai contra a soberania do país

Izabel Itikawa: “Nós não queríamos estar passando por esses problemas”
VANESSA LIMA

O movimento “Marcha a Roraima - Acorda Brasil” foi um dos temas debatidos durante o programa Agenda da Semana, da Rádio Folha 1020, neste último domingo, contando com a participação da produtora de arroz Izabel Itikawa.
Durante a entrevista, a produtora falou do problema enfrentado pela caravana de 70 produtores de Mato Grosso, Bahia e Rondônia, que vieram de Cuiabá, com destino ao município de Pacaraima, e que ao chegar no município de Mucajaí, foram impedidos de prosseguir a viagem devido ao bloqueio feito por diversas entidades contra a marcha.
“O movimento vem cruzando diversos municípios do Norte do país com o objetivo maior de participar das decisões sobre assuntos que envolvem os problemas do Brasil. Essa iniciativa tem o intuito de chamar a atenção do povo para esse problema grave em que se encontram diversas áreas do país”, explicou Izabel Itikawa.
Nas palavras da produtora, a demarcação das terras tem se tornado algo não só do estado, mas de outras partes do país e esse tipo de ação serve para mostrar que estão todos juntos.
Questionada com relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a ser tomada na homologação ou não das terras indígenas Raposa Serra do Sol, Izabel Itikawa afirmou que a decisão pela homologação iria contra os interesses do país e do estado.
“Fere o coração da defesa nacional, porque a Constituição é clara com relação à demarcação de uma área de fronteira. Se isso ocorrer estará colocando em risco a soberania e a segurança nacional. Por isso acredito que o STF dará um resultado favorável à sustentabilidade e subsistência da continuação do desenvolvimento desse estado”, declarou.
Para Izabel Itikawa, o problema vai muito além do que se vê, inclusive envolvendo países estrangeiros. “Acredito que os problemas dos brasileiros dizem respeito apenas ao nosso país e eu espero que essa intromissão por parte de organismos internacionais não influenciem na decisão de permanência dos brasileiros em seu país”, observou.
A proposta feita por parte do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de dar outras terras para os arrozeiros produzirem, para a produtora é “conversa fiada”. “Essa área não existe e se existisse nós com certeza já teríamos saído das nossas terras. Nós não gostaríamos de passar por esses problemas”, enfatiza.

domingo, 17 de agosto de 2008


‘Marcha a Roraima’ consegue furar bloqueio


Foto: Charles Bispo
Manifestantes colocaram galhos de árvores na estrada e atearam fogo em pneus
WILLAME SOUSA
A operação realizada por integrantes do Conselho Indígena de Roraima (CIR), Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra de Roraima (MST), Movimento das Mulheres Camponesas de Roraima (MMC), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), ontem, não foi suficiente para impedir a chegada da “Marcha a Roraima” ao Estado.
Os manifestantes começaram a se organizar por volta das 7h, entretanto, apenas às 17h obstruíram o trecho da rodovia BR-174, a cerca de 10 quilômetros da sede do Município de Mucajaí, no sentido Boa Vista/Manaus, em frente do acampamento Irmã Dorothy Stang, em área invadida pelo MST.
Pedaços de madeira, pneus, galhos de árvores e uma barreira humana impediam que veículos passassem em dois pontos da estrada. Cerca de 600 metros, segundo estimativa de James Rocha, um dos dirigentes do MST, separavam um local bloqueado do outro.
Após mais de 12h de mobilização, que foi arquitetada por entidades no movimento realizado no último dia 13, na Praça do Centro Cívico, teve um desfecho pacífico, por volta das 20h, embora já tivesse causado grandes transtornos a inúmeras pessoas que ficaram impedidos de passar pelo bloqueio no sentido Manaus/Boa Vista e Boa Vista/Manaus.
“Queremos ouvir quais as propostas e projetos destes produtores para a nossa terra. Eles devem nos dar explicações sobre as intenções deles em nosso Estado. Caso os produtores do Mato Grosso não queiram negociar, vamos impedir que cheguem à Capital”, afirmou Terêncio Manduca, vice-coordenador do CIR.
Porém, as explicações que Manduca queria ouvir ficaram para outra ocasião, pois cerca de 12 do total de 19 caminhonetes, que carregavam os produtores vindos de diferentes municípios do Mato Grosso, conseguiram fazer um desvio e chegar ao Município de Mucajaí.
Para evitar o confronto, a comitiva contou com a ajuda de policiais militares de Caracaraí, que os guiaram pela Vicinal do Roxinho, uma estrada sem asfalto cuja entrada é no Município de Iracema e saída em Mucajaí.
Os produtores chegaram por volta das 19h30 a Mucajaí. Muito exaltados, pois sete veículos se perderam da comitiva que fez o desvio pela Vicinal do Roxinho, estrada sem asfalto que liga Iracema a Mucajaí, eles explicaram que só dariam entrevistas à imprensa depois da chegada deles a Boa Vista.
Conforme Manduca, 150 indígenas das etnias Macuxi e Wapixana estavam no local, desde as 12h, esperando o comboio. Foram três ônibus alugados para levá-los até o local. “Sabemos o horário de chegada, entretanto, não temos previsão para irmos embora, por isso estamos com mantimentos e preparados para passar a noite aqui de plantão”, relatava Manduca.
Por volta das 18h30, a situação já causava revoltada nos cerca de 20 carros enfileirados ao lado da pista esperando a resolução do problema para irem até a Capital. Um deles era o técnico em enfermagem Daniel Zanona, 22, que havia saído às 12h do Município de Caroebe, a mais de 350 km de Boa Vista.
Zanona voltava da comunidade indígena de Jatapu, em Caroebe, onde presta atendimento de saúde aos índios, por meio de convênio entre CIR e Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e na qual estava há mais de 12 dias. “A população tem todo o direito de reclamar, porém não pode atrapalhar a vida de outras pessoas. Estão nos privando do nosso direito de cidadãos de ir e vir”, disse Zanona.
Entretanto, as opiniões divergiam em relação ao bloqueio. David Albano, analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que trabalha em Caracaraí, município a cerca de 150 km da Capital, era um dos favoráveis a situação, embora tenha afirmado que não é favor nem contra a demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol.
“Estas pessoas estão exercendo um direito delas, pois é uma das poucas formas que eles têm de chamar a atenção da população roraimense à causa defendida por eles”, opinou Albano. Conforme o analista, a viagem dele até Boa Vista era a serviço, pois pretendia entregar documentos ao TRE de Boa Vista, algo que foi adiado até a próxima segunda.
POLÍCIAS - Neste mesmo horário, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já havia deixado os 36 homens do efetivo da instituição em alerta. “Estamos aqui para garantir que não haja conflito e evitar que prejuízos ao patrimônio público e de terceiros não aconteçam”, disse o inspetor da PRF, Tarcísio Melo.
Apesar da possibilidade de conflito, primeiro entre manifestantes e produtores, depois entre a população impedida de trafegar na rodovia, que com o passar do tempo aumentava a irritação, e os bloqueadores, havia apenas dois policiais da PRF, dois da Polícia Federal, dois da Força Nacional, 15 policiais civis e quatro militares.
Embora existisse um grande número de materiais que bloqueavam a passagem, e até mesmo fogo ateado em pneus, sempre que uma ambulância ou outros tipos de veículos com pessoas doentes necessitavam passar era removida parte dos entulhos para possibilitar a passagem. “Pelo menos estes carros eles permitem que transitem, confesso estar mais aliviado com esta iniciativa”, disse Albano.

sábado, 16 de agosto de 2008

Marcha à Roraima fura bloqueio e chega a Boa Vista
Agência Brasil

BRASÍLIA - A Marcha à Roraima, composta por produtores rurais do Mato Grosso, distribuídos em 30 caminhonetes, conseguiu furar um bloqueio, formado por índios, missionários e trabalhadores sem terra, e chegou, por volta das 21 horas, desta sexta-feira, a Boa Vista.
Juntamente com produtores rurais da Bahia, que também vieram à capital, a marcha presta apoio aos produtores de arroz da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, e também protesta contra a intervenção de Organizações Não Governamentais (ONGs) estrangeiras, que atuam na região.
O bloqueio, que tentou impedir a chegada da marcha à capital de Roraima, ficou na BR-174, a 54 quilômetros de Boa Vista, na altura do município de Mucajaí. Indígenas, missionários e trabalhadores rurais sem terra tentam impedir a passagem da caravana, queimando pneus, árvores e lixo, mas os produtores rurais conseguiram se desviar do bloqueio, retornando alguns quilômetros e passando por dentro de uma fazenda.
Nesta sábado pela manhã, os integrantes da marcha estão reunidos no centro da cidade e vão seguir para o município de Pacaraima, a 215 quilômetros de Boa Vista, munícipio que integra parte da reserva da Raposa Serra do Sol. Na região, estará esperando pela marcha o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro, um dos principais produtores de arroz que ainda estão na terra indígena.
No município, destino final da Marcha à Roraima, as últimas manifestações vão ser feitas na praça da cidade. A Polícia Rodoviária Federal informou que vai acompanhar o trajeto da marcha até Pacaraima, para garantir a segurança dos integrantes da marcha e evitar confrontos com opositores.
[09:56] - 16/08/2008